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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Agenda 2013 – Sucessão Municipal – Gestores Públicos

As eleições municipais de 2012 é a esperança de mudança para vários segmentos da sociedade e de várias categorias de servidores públicos, porém não fica claro o que precisa ser revisto ou criado, pois reclamar somente não basta, precisamos impedir o avanço de políticas de governo que atendem interesses partidários e começar a planejar e efetivar políticas públicas voltadas à solução dos problemas que tornam caótica a convivência nos diversos municípios do país.

Teremos que aturar mais uma vez os eternos candidatos, até então hibernados, que voltarão com a volúpia que resiste somente durante o pleito, mas apregoam a necessidade de união, de ter um representante da categoria no parlamento para mostrarmos nossa força, delongas vazias e repetidas que já não despertam interesse.

Na Paulicéia a mudança poderá ser radical, pois os principais órgãos de gestão foram destinados aos Oficias da Reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo, chegando ao ponto de se ter mais Coronéis na Prefeitura do que no Governo do Estado, fato amplamente abordado pela mídia.

Inegável, que os casos de corrupção diminuíram, existindo até o momento alguns casos isolados, o que pode ser encarado como uma façanha, pois desde as antigas Administrações Regionais estes eram órgãos públicos marcados por escabrosos escândalos de corrupção, não podemos esquecer o apoio de aproximadamente 4.000 Policiais Militares para executar os serviços de polícia administrativa do Município.

Inegável, também, que a autonomia na gestão dos serviços públicos municipais não é plena devido aos convênios celebrados com o Governo do Estado, o principal deles e a manutenção da atividade delegada, que possui custo elevadíssimo, porém, tanto Prefeitura quanto Estado se pronunciam satisfeitos com a parceria, que se expande em outros segmentos como a zeladoria municipal, SAMU, permitindo a entrada do Sistema de Informações Operacionais da Polícia Militar – SIOPM como gerenciador do serviço de atendimento do serviço 156 e das Comunicações da Guarda Civil Metropolitana.

Caso o novo prefeito entenda que deva promover mudanças para readequar as diretrizes do orçamento municipal, poderá gerar uma crise institucional ao Estado, pois reduzirá significativamente os salários dos Policiais Militares e diminuirá sua visibilidade pelas ruas da Metrópole, que provavelmente será um contratempo dependendo do posicionamento da oposição no parlamento.

A substituição dos profissionais oriundos do Estado poderia ser uma oportunidade aos inúmeros funcionários de carreira que há anos carregam os serviços públicos nas costas, mas que geralmente são pessimamente remunerados e são constantemente utilizados como bodes expiatórios pela ineficiência de servidores comissionados por critérios e interesses políticos.

Temos que pensar em janeiro de 2013, elaborando projetos que promovam melhorias gerais nos serviços públicos em geram e que atendam o interesse público e não político.