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quinta-feira, 3 de março de 2011

Bandido Bom?

Ao ler o artigo “Bandido bom é bandido morto” elaborado por Celso Athayde, publicado no Portal Yahoo, permite fazer várias reflexões, a primeira delas é que não existe bandido bom.

A frase infeliz é um resquício de uma propaganda política brasileira para legitimar ações de esquadrões da morte ou distorcer o verdadeiro papel da ROTA na rua, realidade de um passado nem tão distante.

Entretanto, estabelecer que a frase possua conotação racial e econômica é um caminho perigoso, pois massifica o entendimento de que a cor da pele define eventuais enfretamentos fatais envolvendo os agentes de segurança, distorcendo uma realidade cruel em que o crime atinge todas as classes sociais, seja como autor ou como vítima.

Alguns defendem a pena capital para efetivação dessa frase, demonstrando uma hipocrisia tamanha, pois serve apenas como mais uma propaganda política eleitoreira, pois a matéria é controversa e de tamanha delonga jurídica por ferir o direito a vida consagrada como cláusula pétrea na Carta Magna.

A evolução do estado e de suas instituições não comporta mais este tipo ilógico, que deve permanecer no passado e servir apenas de lição que não deva ser repetida.